24 de setembro de 2024

Porto de Cargas de Porto Velho é paralisado pela 1ª vez na história por causa da seca do Rio Madeira

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Operações portuárias serão retomadas assim que as condições de navegabilidade forem restabelecidas.

As operações no Porto de Porto Velho foram temporariamente paralisadas pela 1ª vez na história, a partir desta segunda-feira (23), por conta da seca extrema do rio Madeira, que atingiu 25 centímetros durante esta madrugada em Porto Velho: o menor nível já observado na história.

Armadores e operadores portuários pararam suas atividades por causa das condições de navegabilidade no Rio Madeira. O porto é administrado pela Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH). As atividades devem voltar somente quando o nível do rio subir e a navegação for segura.

Com a paralisação, a movimentação de cargas é afetada, sobretudo no trecho entre Rondônia e Amazonas. Pelo rio chegam e saem de Rondônia granéis sólidos (como milho e soja), granéis líquidos (como massa asfáltica e biocombustível), além de cargas gerais, como alimentos, bebidas e veículos.

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a hidrovia do rio é uma das mais importantes vias de transporte da região Norte: são mais de 1 mil km² de extensão navegável.

Comboio de 30 barcaças navega o rio Madeira, em Porto Velho — Foto: Reprodução/Amaggi

Comboio de 30 barcaças navega o rio Madeira, em Porto Velho — Foto: Reprodução/Amaggi

Na última semana o g1 noticiou que o principal porto de cargas de Porto Velho já operava com redução de 60% no transporte de cargas.

Segundo a SOPH, durante o período de estiagem a movimentação de cargas no porto costuma sofrer uma redução de até 60%. No entanto, nos últimos meses a situação se tornou atípica, até levar à paralisação das atividades.

Em meses normais, o porto movimenta cerca de 200 mil toneladas de mercadorias. Para setembro, a previsão inicial era de 100 mil toneladas, volume que, segundo a administração do Porto, será frustrado por causa da crise hídrica.

Seca rio Madeira 2024 — Foto: Rede Amazônica

Seca rio Madeira 2024 — Foto: Rede Amazônica

Uma das ações adotadas pelo Porto é o suporte técnico a embarcações com dificuldades. A SOPH tem enviado bombas para auxiliar na remoção de água em casos de encalhe.

Para compartilhar dados e buscar soluções para a retomada das atividades portuária, a SOPH monitora a crise hídrica em parceria com Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Marinha e a Federação Nacional das Empresas de Navegação (Fenavega).

Menor nível da história
Na madrugada desta segunda-feira (23), o rio Madeira chegou a um nível nunca observado na história em Porto Velho: 25 centímetros. A imensidão de água desapareceu e no lugar estão montanhas de pedras e bancos de areia que afetam a navegabilidade.

Desde julho, embarcações estão proibidas de navegar no período noturno, por causa da seca. Essa limitação acaba afetando o tempo de transporte de cargas, como as de combustível. Na época, o rio estava com 3,75 metros.

No entanto, desde julho o rio Madeira já desceu mais de 3 metros e navegar se tornou um desafio mesmo à luz do dia. Embarcações encalham na areia ou batem nas pedras espalhadas pelo rio.

Seca do rio Madeira em 2024 — Foto: Edson Gabriel/Rede Amazônica

Seca do rio Madeira em 2024 — Foto: Edson Gabriel/Rede Amazônica

Portos registram redução de transporte de cargas devido a seca do Rio Madeira em Rondônia

Fonte: G1- RO

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