3 de outubro de 2024

Bezerro despenca de R$ 445,04 para R$ 281,28/ desvalorização de 36,80%

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Momento é de aperto nas margens dos pecuaristas que trabalham com o sistema de cria, mas momento oportuno para quem faz recria/engorda garantir um bezerro com preço menor, já que o custo com aquisição dos animais representa cerca de 70%. Em Mato Grosso, estado que é um dos maiores produtores de gado de corte, o ágio entre a arroba do bezerro de ano (com 7@) e do boi gordo fechou jul/23 em 33,80%, redução de 13,57% quando comparado com o mesmo período de 2021 (momento de alta do ciclo pecuário). Segundo os dados, esse reajuste negativo foi motivado pela maior retração nos preços do bezerro ante o boi gordo, que saiu de R$ 445,04/@ em jul/21 para R$ 281,28/@ em jul/23, desvalorização de 36,80% para o período, ao passo que o boi gordo reduziu 29,51% no mesmo comparativo. Esse cenário foi consequência da baixa do ciclo pecuário em 2023, no qual a maior oferta de bovinos tem pressionado as cotações. Desse modo, esse cenário favorece o aumento do rebanho para os recriadores, uma vez que, segundo o Imea (Projeto Rentabilidade Senar-MT e Imea), o custo com aquisição de bovinos equivale a 64,46% do custeio da atividade de recria e engorda em Mato Grosso (no 2º trimestre de 2023).

Segundo os analistas, o momento é complicado dentro da porteira. Entretanto, mesmo na dificuldade as oportunidades aparecem. Os pecuaristas que não estão trabalhando focados no Ciclo Pecuário, tem encontrado cenários desanimadores, mas esse cenário agora é positivo na ótica da recria/engorda. Conforme dito anteriormente, essa relação de troca está favorável para essa categoria que, nesse momento, deve pensar em realizar a composição do seu estoque de animais para recria e ou engorda. O ciclo tem reduzido a sua duração, no passado chegou a 8 anos e, atualmente, cerca de 4 a 5 anos, devido a idade de abate dos animais e investimentos realizados ao longo dos últimos anos. Dessa forma, teremos uma escalada nos preços do boi gordo a partir de 2024/25. O bezerro barato de agora é o boi gordo valorizado do futuro. Sendo assim, garantindo melhores margens para o pecuarista que quer sair na frente.

Ainda segundo o Imea, não é apenas o bezerro que sofreu grande desvalorização em relação ao boi gordo. O pessimismo em relação ao boi gordo também afetou os preços do boi magro, que desvalorizou 3,57% ante a semana anterior e ficou cotado a R$ 2.642,82/cab. Ainda em Mato Grosso:

PRESSIONADO: a carcaça casada do boi no atacado refletiu o fraco ritmo de escoamento da carne bovina e desvalorizou 2,22% no comparativo semanal. DESVALORIZOU: o preço do boi gordo no contrato com vencimento em out/23 na B3 foi de R$ 235,58/@ na última semana, refletindo o cenário da fraca demanda no mercado físico.

Preço do Bezerro no Brasil Segundo o Cepea, os preços do bezerro sul mato-grossense segue em queda, acompanhando as demais praças pecuárias. Sendo assim, conforme apontaram os dados do INDICADOR DO BEZERRO ESALQ/BM&FBOVESPA – MATO GROSSO DO SUL, o animal que estava cotado a R$ 2.166,89 por cabeça em 31/07 recuou e está cotado atualmente em R$ 2.128,53 por cabeça nesse primeiro dia útil de agosto. Se pegarmos os dados comparativos dos últimos 12 meses, ainda segundo o Cepea (Veja o gráfico abaixo), o recuo nas cotações são ainda maiores e refletem a realidade e pressão do Ciclo Pecuário na composição dos preços. Em Set/22 o valore médio do animal foi de R$ 2.534,49/cab e, agora, na média parcial de agosto, o valor é de R$ 2.123,53/cab, ou seja, um recuo de R$ 410,96/cab.

Segundo a Scot Consultoria, empresa que acompanha o mercado diariamente, os valores dos animais de reposição na praça paulista também seguem pressionados. Atualmente, fechamento de 01 de agosto, o valor na praça paulista do bezerro desmama, bezerro, garrote e boi magro, seguem cotados a R$ 1.850,00/cab, R$ 2.260,00/cab, R$ 2.620,00/cab e R$ 3.120,00/cab, respectivamente. Custos de produção estão em queda na parcial do ano Pesquisas realizadas pelo Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) mostram que, no balanço do primeiro semestre de 2023, os custos de produção da pecuária de corte dos sistemas de cria e de recria-engorda recuaram. Segundo pesquisadores, esse resultado esteve atrelado ao movimento de queda nos preços de insumos para suplementação e dieta do rebanho.

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