Dez anos após o misterioso desaparecimento de Nicolas Naitz Silva, sua mãe, Marciele Naitz Sampaio Pereira, continua a alimentar a esperança de reencontrar seu filho. Nicolas, que atualmente teria 10 anos, desapareceu logo após seu nascimento no Hospital e Maternidade Regina pacis , em 22 de maio de 2014. Marciele, que tinha apenas 17 anos na época, vive desde então em uma busca angustiante por respostas.
“Um coração de mãe não se engana. Eu sei que ele está vivo e vou encontrá-lo,” afirma Marciele com convicção.
Nicolas nasceu de parto normal, pesando 2,8 kg, e foi considerado saudável pelo obstetra e pela técnica em enfermagem Marli Dahm, que acompanhou Marciele durante o traslado de Cujubim a Candeias do Jamari e esteve presente no parto. “Eu assisti ao parto do Nicolas. Ele nasceu bem, chorou muito e não precisou de nenhum procedimento adicional. Tenho certeza de que ele está vivo em algum lugar,” disse Marli, que possui 20 anos de experiência profissional.
Uma Nova Esperança: Lei Nicolas Naitz
O caso de Nicolas ganhou destaque no noticiário rondoniense, trazendo à tona a dolorosa realidade de muitas famílias que enfrentam o desaparecimento de seus filhos. Em uma iniciativa para aumentar a conscientização e a prevenção desses casos, o governador Marcos Rocha sancionou a Lei Nicolas Naitz. Proposto pelo deputado Geraldo da Rondônia, o projeto de lei N 4.485 de Maio de 2019 institui o dia 22 de maio como o Dia Alusivo à Memória das Crianças e Adolescentes Desaparecidos no estado de Rondônia.
“Essa lei é um passo importante para lembrar que não podemos esquecer essas crianças e suas famílias. É um dia para reforçar a necessidade de esforços contínuos na busca por desaparecidos e na prevenção de novos casos,” afirmou o deputado Geraldo da Rondônia.
A sanção da Lei Nicolas Naitz é um marco na luta contra o desaparecimento de crianças e adolescentes, servindo como um lembrete anual da importância da busca incessante por justiça e respostas. Para Marciele, a lei é um sinal de que a memória de Nicolas e a de tantas outras crianças não será esquecida.
O Mistério Continua
Enquanto o tempo passa, o número de perguntas sem respostas sobre o desaparecimento de Nicolas só aumenta. Apesar disso, Marciele e outras mães que vivem a mesma dor mantêm viva a esperança de reencontrar seus filhos. A luta de Marciele é um testemunho da força e da resiliência de uma mãe que não desiste, independentemente do tempo que passe.
Nicolas completaria 10 anos. “Não deixo de acreditar que um dia ele voltará para casa,” diz Marciele.
A cada 22 de maio, a sociedade rondoniense é convidada a refletir sobre a importância de proteger suas crianças e adolescentes, garantindo que casos como o de Nicolas não caiam no esquecimento e que novas medidas sejam tomadas para prevenir que outras famílias passem pelo mesmo sofrimento.
Fonte:Por Almi Coelho DRT 1207-RO