Confira os detalhes do congresso promovido pela Associação Brasileira do Santa Gertrudis (ABSG) na entrevista com o pecuarista e presidente da entidade, Gustavo Barretto, titular da fazenda Mangabeira, no município de Japaratuba (SE)
A raça Santa Gertrudis faz 70 anos de presença no Brasil em 2023. Para celebrar a data, a Associação Brasileira do Santa Gertrudis (ABSG) promoverá um congresso internacional passando pelos melhores criatórios e pontos turísticos de norte a sul do Brasil. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.
Quem deu detalhes sobre o congresso internacional foi o presidente da entidade, o pecuarista Gustavo Barretto, titular da fazenda Mangabeira, no município de Japaratuba (SE). O produtor esteve no estúdio do Giro do Boi nesta terça-feira, 14
O evento internacional volta a ser feito no País após 25 anos e promete ser bem diferenciado.
“O pessoal quando pensa em congresso pensa em salas e em lugares fechados. Vamos fazer um evento diferente e itinerante. O foco é mostrar a qualidade da raça e a riqueza turística do Brasil”, diz Barreto.
O evento será em novembro deste ano e deverá passar por Sergipe, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Já são esperados participantes vindos de dez países, entre os quais estão a Austrália, África do Sul, Estados Unidos e demais países da América Latina.
Para participar, os interessados podem entrar em contato através do site da ABSG, além de outro site exclusivo para o congresso:
A raça Santa Gertrudis: dos Estados Unidos para o Brasil
A raça Santa Gertrudis é uma raça sintética resultado do cruzamento do zebu Brahman e da raça europeia Shorthorn.
O cruzamento foi feito nos Estados Unidos, nas fazendas King Ranch, no Texas. O local de nascimento do primeiro bovino, às margens do rio Santa Gertrudis, no Estado americano, deu o nome à raça.
No Brasil, a raça foi introduzida em 1953 pelo mesmo King Ranch, com 34 machos e 225 fêmeas. A raça Santa Gertrudis soma hoje cerca de 1 milhão de exemplares no País.
Trabalho de melhoramento dos bovinos em solo brasileiro
Como o gado já era adaptado a condições inóspitas ainda nos Estados Unidos, no Brasil, a raça ganhou um local ideal de produção.
O trabalho de melhoramento foi para fazer bovinos com uma carcaça menor, com umbigo corrigido e animais cada vez mais precoces.
“Hoje abatemos bovinos Santa Gertrudis com 15,5 meses, com cerca de 20 arrobas e 58% de rendimento de carcaça”, diz Barretto.
Aliado ao trabalho de melhoramento, a entidade promove provas e programas de avaliação de melhoramento genético, inclusive com o apoio da Embrapa, através do Geneplus.
Cruzamentos com o Santa Gertrudis
A sintética pode ser um grande ponto para opções de cruzamento industrial. Vai bem associado ao Nelore e vai melhor ainda com o Angus.
Barretto inclusive falou de um estudo que avaliou o cruzamento do Santa Gertrudis com o Angus nos Estados Unidos.
“Nos estudos que algumas universidades fizeram, o cruzamento do Santa Gertrudis em cima do Angus deu um estouro”, diz Barretto.
As duas associações lá nos Estados Unidos criaram um cruzamento homologado que chama-se American Herd.
É um dos cruzamentos que mais deu qualidade de carne e rendimento de peso, segundo o pecuarista. Assista ao vídeo acima e confira os detalhes da raça no País.