O destaque do dia foi no Mato Grosso do Sul, com alta generalizada dos preços das boiadas. Mas, em Barretos, os preços já alcançaram R$ 300/@ e, agora, é preciso ficar em alerta! O mercado físico do boi gordo segue com preços firmes em importantes praças pecuárias pelo país, principalmente onde existem plantas que trabalham com a exportação. Segundo o levantamento realizado e as negociações informadas pelos próprios pecuaristas, novamente foram registrados negócios acima da referência média. Confira o que esperar do mercado.
O destaque do dia foi no Mato Grosso do Sul, com alta generalizada dos preços das boiadas. O fato é que após semanas de negócios pouco fluídos houve compreensível encolhimento das escalas de abate e, por consequência, mudança do comportamento da indústria frigorífica na compra de gado.
“Alguns estados da Região Norte e o Mato Grosso ainda convivem com um quadro diferente, com escalas um pouco mais confortáveis e com menor propensão a reajustes. O processo de desvalorização do real tem papel importante no curto prazo, melhorando a conversão da indústria frigorífica exportadora, aumentando a propensão a reajustes da arroba do boi gordo”, de acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.
No lado de dentro das porteiras, muitos pecuaristas também optaram por ofertar lotes com volumes menores de animais, à espera de negócios mais atrativos. O clima chuvoso dos últimos meses favoreceu as condições da pastagem no Brasil Central, o que permite a retenção da boiada gorda nas fazendas. “Os produtores preferem aguardar melhores condições de preços para retornar aos negócios”, ressalta a S&P Global. De acordo com dados apurados pela Scot Consultoria, nas praças paulistas, as cotações do boi, vaca e novilha, estão estáveis. Após subirem na terça-feira (7/2), as cotações do boi, vaca e novilha, estão firmes e com negociações pontuais acima da referência. O boi está cotado em R$280,00/@, a vaca em R$261,00/@ e a novilha em R$267,00/@, preços brutos e a prazo.
O “boi China” está cotado em R$290,00/@, preço bruto e a prazo. Entretanto, segundo as informações do app da Agrobrazil, parceira do Compre Rural, o pecuarista de Barretos, interior de São Paulo, informou negociação de R$ 300,00/@ com pagamento à vista e abate programado para o dia 01 de março.
Segundo o Indicado do Boi Gordo do Cepea, a média segue acumulando uma alta de 2,23% na comparação mensal. Dessa forma, os preços seguem apregoados com média acima de R$ 295,00/@, conforme aponta o gráfica abaixo!
Alerta ao pecuarista O pecuarista precisa estar atento as noticias do mercado e, principalmente, avaliar a posição dos frigoríficos. Percebesse que, diante da melhora nos preços, muitas indústrias estão conseguindo alongar suas escalas e, algumas, já tentam se afastar das compras para poder limitar essa velocidade na recuperação dos preços.
Segundo a S&P Global, as escalas de abate dos frigoríficos seguem registrando altas pontuais, porém ausência nas compras é uma tentativa dos compradores em retomar o viés de baixa da arroba bovina. Exportações totais de carne bovina cresceram 7% na receita e 17% no volume em janeiro de 2023 As exportações totais de carne bovina (in natura + carne processada) em janeiro cresceram 7% na receita e 17% no volume, em relação a janeiro de 2022, alcançando US$ 851,2 milhões e 183.817 toneladas. Em 2022, foram US$ 798,2 milhões e 157.461 toneladas.
As importações da China representaram 57% deste volume, com receita US$ 485,3 milhões e 100.164 toneladas adquiridas. Em 2022, a China comprou 53.170 toneladas, com receita de US$ 329,8 milhões, representando 41,3% do total do mês.
