A declaração aconteceu durante visita do presidente ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, do Comando da Aeronáutica, em São José dos Campos (SP)
O presidente Lula (PT) defendeu nesta sexta-feira (26) que o Brasil tenha uma indústria de defesa forte, não para se preparar para uma guerra, mas para evitar a guerra e construir um ambiente de paz.
A declaração aconteceu durante visita do presidente ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, do Comando da Aeronáutica, em São José dos Campos (SP).
“Nós precisamos ter uma indústria de defesa muito forte para que a gente não fique dependendo de ninguém. Um país do tamanho do Brasil não pode ficar dependendo de tecnologias de países inferiores ao Brasil”, disse a uma plateia composta por integrantes da Aeronáutica e estudantes do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
“Nós temos que criar tudo o que for possível criar para, em vez de a gente ser dependente, as pessoas ficarem dependentes de nós. É esse aviso que eu queria dar para vocês. Nós temos condições de ser uma grande nação na área da defesa para construir a paz, não para fazer guerra”, completou.
Lula argumentou a importância da indústria de defesa para mostrar a força do Brasil ao mundo e, também, para auxiliar no desenvolvimento de outras indústrias do país.
“Uma indústria de defesa é para as pessoas saberem que o Brasil está preparado e que, através dessa indústria de defesa, a gente pode ter projetos e pode ter decisões científicas e tecnológicas para ajudar outros ramos da indústria brasileira”, afirmou.
O presidente pregou a importância de se investir em ciência e tecnologia, inclusive para a formação de novos cientistas especializados no país.
“Um país desse tamanho aqui, é preciso que todos nós tenhamos a capacidade de sonhar grande e levantemos de manhã com a disposição de tornar aquele sonho realidade. Porque o Brasil não nasceu para ser um país pequeno. Se fosse assim, Deus não daria essa quantidade de quilômetro quadrado que nós temos”, afirmou.
Lula disse ainda que quer que o Brasil seja o quarto ou quinto país do mundo a fabricar turbinas. Segundo o presidente, essa pauta já foi levada por ele ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).
O presidente afirmou que o país teria condições de ter feito isso há 15 anos e hoje já estar pensando em fazer turbinas para produção hidrogênio verde. “Nós precisamos acreditar que o Brasil não tem limite. Não tem povo mais inteligente que o nosso”, disse.