Presidente discute medidas de crédito e renegociação de dívidas para tentar melhorar a percepção de bem estar econômico
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende lançar um pacote econômico na tentativa de reverter a queda de popularidade da gestão atual.
A avaliação do governo federal é de que, apesar de os avanços econômicos estarem presentes em números oficiais, a percepção de melhora econômica não está chegando à população.
O diagnóstico é de que, por um lado, falta comunicar melhor, principalmente nas redes sociais. A percepção é de que o sistema de algoritmos das redes sociais tem impedido a população de ter acesso a propagandas oficiais da gestão petista.
E, por outro, é necessário potencializar a capacidade de consumo das classes C, D e E, que representam mais da metade das compras no país.
Por isso, o governo federal prepara medidas focadas no aumento do poder de compra da população.
O Ministério da Fazenda prepara oito projetos de lei de regulação e oferta dos financiamentos por instituições bancárias.
A ideia é enviar uma espécie de minirreforma ao Congresso Nacional até junho. O propósito é também tentar garantir um crescimento da economia neste ano de 2%.
Tanto o governo federal como o mercado financeiro preveem uma melhora do mercado de crédito neste ano.
Além disso, o Ministério da Fazenda irá abrir uma mesa de negociação para renegociar as dívidas dos estados.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a intenção de desafogar as gestões estaduais.
A intenção do ministro é encontrar uma solução para a dívida dos estados até o final de março.
O governo federal também avalia publicar, na semana que vem, uma medida provisória criando uma linha de crédito para trabalhadores informais e micro e pequenos empreendedores.