A operação Anhangá, deflagrada pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO) e Polícia Civil nesta quarta-feira (11/10) resultou no cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão nas áreas urbana e rural de Cujubim (RO). O alvo da ação é suspeito de envolvimento em um incêndio criminoso que destruiu aproximadamente 264 hectares de floresta da Reserva Extrativista (RESEX) Rio Preto-Jacundá. A área desmatada equivale a mais de 250 campos de futebol.
A RESEX está localizada entre os Municípios de Machadinho D’Oeste e Cujubim. Conforme determina a lei, ela se destina à exploração autossustentável, a ser desenvolvida por população extrativista, sem prejuízo da conservação dos recursos naturais existentes na área, finalidades essas claramente dissociadas do ato criminoso praticado.
As investigações foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (GAEMA) e pela Promotoria de Machadinho D’Oeste. A ação também contou com apoio da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Machadinho D’Oeste, da Polícia Militar, Batalhão de Polícia Ambiental, Polícia Técnico-Científica do Estado de Rondônia (POLITEC) e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM).
Segundo o coordenador do GAEMA, Promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscardi, a atuação do Ministério Público e das forças de segurança envolvidas na ação busca combater os crime ambientais, proteger a unidade de conservação, e, a partir das provas colhidas, responsabilizar os infratores.
“Esse dano foi praticado em uma área que já estava em processo de regeneração e reflorestamento. Está comprovado que por intervenção humana foi colocado fogo na região e causado um dano gigantesco para o meio ambiente, dentro de uma área de conservação importantíssima para o Estado de Rondônia”, explicou o Promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscardi, ressaltando que o meio ambiente ecologicamente equilibrado, além de ser um direito de todos, é essencial à sobrevivência da humanidade.
De acordo com o Promotor de Justiça Eduardo Luiz do Carmo Neto, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Machadinho D’Oeste, com o término da operação as provas colhidas serão analisadas para a devida responsabilização cível e criminal dos infratores.
Para o Delegado de Polícia Celso André Kondageski, titular da delegacia de Machadinho D’Oeste, que também acompanhou a operação, a integração de todas as instituições envolvidas garantiu o êxito das atividades.
“A integração é imprescindível sobretudo para dar resposta a esse tipo de crime que é geralmente cometido sob clandestinidade, sem a presença de testemunhas e em um local de difícil acesso. As investigações foram profícuas devido à ação conjunta dos órgãos de segurança pública e Ministério Público”, comentou o Delegado.